domingo, 28 de março de 2010

Sem Reclamações


Eu pensei que ia levar dez anos para perdoar o Prof. Sérgio Abranches por me fazer perder o evento Educação em Rede. Eu estava empolgadíssima e tinha até um cartaz com o meu nome na coordenação da mesa de Marco Silva! As datas do evento e do Encontro UCA coincidiram, como ele tinha as bancas de defesa do mestrado de seus orientandos, eu assumi a responsabilidade e fui para Aracaju participar do Encontro Um Computador por Aluno. Porém, o tempo de ser ranzinza já passou, sou uma pessoa de bom coração... A cidade é lindinha, uma verdadeira jóia e diante da vista maravilhosa do meu hotel, eu tenho mais é que dizer: valeu, Serjão!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Laptop Educacional (UCA)


A CCE foi a empresa vencedora da licitação para o fornecimento dos laptops educacionais no Programa Um Computador por Aluno (UCA). Depois de manusear a máquina e conhecer a sua interface, vou tentar descrever alguns dos elementos que me chamaram mais a atenção. A máquina tem um visual bem fofinho, a combinação do cinza com o azul ficou muito legal e a ideia do suporte para carregá-la ficou bem funcional. Ela é leve e compacta, não apresenta aqueles espaços que encontramos nos touchpads e entre as teclas dos laptops convencionais. A tela me pareceu pequena, mas não compromete a usabilidade (e temos que considerar que a minha visão já não é mais a mesma...). Ele tem um recurso interessante que permite ampliar a área de trabalho, penso que isso não será problema para os usuários. O teclado é pequeno, mas depois me dei conta que a ergonomia foi pensada para as crianças e jovens, e não para os adultos. Em relação aos softwares, são todos livres, desenvolvidos pela Metasys (empresa que ganhou a licitação para desenvolver os programas) e poderá ser ajustado ao longo do processo, atendendo às necessidades que surgirem. Achei o máximo ele já apresentar na tela inicial os recursos de conexão, mensagens instantâneas e câmera para a gravação de vídeos e fotos. A capacidade de armazenamento é pequena (4Gb), mas a proposta é que os arquivos fiquem armazenados no servidor da escola que irá gerenciar a rede e armazenar os dados (também fornecido pelo MEC). Ele tem o pacote escritório, com editor de texto, planilhas e apresentação de slides e outros aplicativos interessantes. Não tenho a menor dúvida de que os alunos vão aproveitar. E muito!




Um Computador por Aluno

Depois de três anos de muito planejamento, negociação e experiências com o projeto piloto, o programa Um Computador por Aluno (UCA) iniciou a sua implementação com a entrega dos equipamentos. Estamos em Aracaju para finalizar o planejamento da formação dos professores e gestores das escolas que receberão os laptops. São dez escolas em cada Estado, cinco estaduais e cinco municipais, urbanas e rurais. O UCA Total (computadores em todas as escolas de um municípios) será implementado em uma cidade de cada região. As escolas foram indicadas pelas secretarias Estaduais e pela Undime (municipais) e deverão apresentar infra estrutura elétrica e instalações em boas condições para a implementação da rede wireless. O programa está sustentado em quatro pilares: infra-estrutura, pesquisa, formação e avaliação. A responsabilidade de implementação das ações é do MEC (SEED) e das Universidades que participam do projeto. A formação dos professores e gestores será realizada presencialmente e a distância, utilizando a nova plataforma do e-proinfo que está totalmente diferente da versão anterior (muito melhor). Os módulos de formação estão organizados da seguinte forma:


Módulo 1: Apropriação tecnológica (40h)
Módulo 2: Web 2.0 (30h)
Módulo 3a Formação de professores (40h)
Módulo 3b Formação de gestores (40h)
Módulo 4: Elaboração de Projetos (40h)
Módulo 5: Construção compartilhada do ProGI Tec (30h)
Total de carga horária: (180 h)

A ideia é potencializar o uso do Portal do Professor e formar uma rede de colaboração e compartilhamento entre os professores das escolas. Os conteúdos abordam conceitos relacionados ao uso dos computadores no processo de ensino e aprendizagem e da gestão escolar e as atividades propostas envolvem a prática do professor/gestor no contexto da escola e pesquisa, com indicação de leituras, vídeos, documentos disponibilizados em sites, no Portal do Professor e do Projeto UCA. Os professores receberão certificação das Unversidades responsáveis pela formação. Eu faço parte do grupo de formação e pesquisa da UFPE que atuará em Pernambuco e na Paraíba. Pela distribuição geográfica das escolas contempladas, já posso dizer: não vai ser fácil e por isso mesmo será uma experiência única, daquelas que é impossível não participar.

terça-feira, 23 de março de 2010

No Balanço das Horas

Meu pobre blog anda um pouco abandonado e não é por falta de notícias. Tem muita coisa acontecendo, mas pouco tempo para organizar as ideias e publicar um texto com o mínimo de coerência. Posso dizer que neste semestre estou vivenciando a vida acadêmica, na função de professor, de forma efetiva. No período passado eu estava direcionada apenas para as disciplinas da graduação, mas como tudo era novo, eu perdi muito tempo tentando entender como a máquina funcionava, tipo onde eu conseguiria um datashow, como as notas eram lançadas etc. But now, my friends, descobri que o buraco é muito mais embaixo e só os tolos acreditam que trabalharão apenas 12 horas semanais (carga horária mínima para quem está começando) e receberão por 40 horas. Fiz umas continhas básicas, vamos somar? Vou considerar o que seria o mínimo necessário para cada ação, mas a experiência vem mostrando que trabalhamos sempre mais do que o mínimo. Para atuar em sala de aula com 12 horas semanais, precisamos dedicar praticamente o mesmo tempo para preparar as aulas. Se a disciplina for do mestrado e doutorado, pode dobrar esse tempo. Assim, já temos 24 horas semanais das 40 horas da carga horária total. Temos ainda as reuniões obrigatórias, chamadas de reuniões do pleno (departamento), as reuniões do grupo de pesquisa, dos projetos e das eventuais comissões que temos que fazer parte. Vamos considerar apenas 4 horas semanais já que a frequência é variada. A orientação costuma variar porque o número de orientados por professor é diferenciado, mas se considerarmos a dedicação de uma mísera hora por semana para os orientandos (no meu caso tenho quatro), já acumulamos 32 horas de atividades. Restam apenas 8 horas para dar conta dos outros "serviços" que estão embutidos no pomposo cargo de professor adjunto: ler processos e emitir pareceres (sim, também somos burocratas juristas), ler todas as últimas publicações sobre a sua área de atuação, escrever artigos (na vida acadêmica quem não publica se estrumbica), participar de eventos, conduzir a pesquisa acadêmica aprovada em algum órgão da instituição, corrigir as avaliações e lançar notas, pensar e acompanhar projetos de PIBIC, PROINCI, escrever relatórios intermináveis sobre quase tudo o que fazemos, elaborar projetos e planilhas para participar de editais e participar de bancas para apontar aos outros o que está errado, inclusive em outras instituições. Fora tudo isso, ainda temos as chamadas eventuais do MEC para as reuniões em Brasília (com pouca grana e zero glamour, na última viagem eu fiz três baldeações e levei nove horas para chegar em casa porque a passagem era mais barata...). Ufa! Eu devo ter esquecido alguma coisa, mas posso afirmar: quem diz que professor de universidade pública não trabalha deveria passar um dia em minha companhia. Acho que vou fazer um sorteio aqui no blog. Quem sobreviver ao lesco-lesco, ganha a incrível oportunidade de me substituir por uma semana para que eu possa fugir para um refúgio paradisíaco inexplorado.

domingo, 14 de março de 2010

P2PU

Estou fazendo o curso Cidadania e Redes Sociais, com o Sergio Amadeu na comunidade P2PU. Para quem ainda não ouviu falar, a P2PU (Peer 2 Peer University) é uma comunidade online para grupos de estudos abertos, com cursos de curta duração em nível universitário. Segundo o site, a missão da P2PU é alavancar o poder da Internet e software social para capacitar as comunidades de pessoas para apoiar a aprendizagem para o outro. P2PU combina recursos educativos abertos, cursos estruturados e no reconhecimento do conhecimento / aprendizagem a fim de oferecer alta qualidade, baixo custo de oportunidades de educação. Ela é dirigida e regida por voluntários. Os primeiros cursos em português ofertados iniciaram as atividades no dia 12 de março, e um deles é o curso do Sergio Amadeu (que dispensa apresentações e agora é professor da Universidade Federal do ABC). Na última sexta-feira, tivemos uma aula síncrona utilizando a platadorma Dindim reconfigurada pela 4Linux, e o que me impressionou até agora é a similaridade com o presencial, ao mesmo tempo em que é totalmente diferente. Explicando melhor: a estrutura do curso permite que as coisas boas do ensino presencial (lista de textos para leitura prévia, interação dos alunos, exposição do professor) estejam presentes ao mesmo tempo em que novos elementos são acrescentados (lista de discussão, plataforma virtual, chats etc). Como aluna, me senti confortável porque identifico as situações familiares do cotidiano presencial agregando as tecnologias digitais como ferramentas, e não como objeto principal. Neste sentido, começar o curso com uma aula expositiva na qual era possível ver e ouvir o professor foi muito mais interessante e confortável do que abrir um Moodle e desvendar a estrutura do curso apresentado. Mais do que o curso em si, a comunidade P2PU propõe uma nova forma de acesso ao ensino superior, mesmo que não seja formal no sentido do currículo. O curso de 40 horas tem uma estrutura bem puxada: além dos encontros síncronos e a carga de leitura proposta, teremos trabalhos em grupo e avaliação ao final, para fazer jus ao certificado. O fato é que enquanto na batcaverna da minha Universidade ainda se discute se a Educação a Distância é válida ou não, a proposta de P2PU já transcende essa questão e coloca em pauta possibilidades infinitas para flexibilizar o acesso ao ensino superior. Voilá!


# Mal posso esperar para apresentar (no primeiro encontro que tiver na UFPE) o conceito da P2PU com o respectivo Learning for everyone, by everyone, about almost anything. É melhor chamar a SAMU, porque metade dos professores vai enfartar...Muahahahaha!

sábado, 13 de março de 2010

COBESC 2010

Estão abertas as inscrições para o II Colóquio Brasileiro Educação na Sociedade Contemporânea, com o tema Processos Pedagógicos e Produção do Conhecimento. O evento acontecerá no período de 14 a 17 de junho, na Universidade Federal de Campina Grande, com dez grupos de trabalho (GT's) para a apresentação de artigos. O GT9, Novas tecnologias na prática pedagógica, é uma boa opção para a apresentação de trabalhos relacionados como o uso das tecnologias digitais na educação. A submissão de proposta de mini-curso deve ser feita até o dia 16 de março, e o envio do resumo até o dia 31 de março.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Crianças não gostam da escola

Desde o vídeo clip do Pink Floyd, The Wall, eu não via uma crítica tão contundente ao ambiente escolar. Pode ser que seja tudo uma armação, mas na dúvida, eu repensaria o que estamos fazendo nas escolas. No nosso caso, basta pesquisar a quantidade de escolas depredadas e pichadas todos os anos. Me parece um bom indicativo do sentimento de opressão dos alunos no ambiente escolar.


terça-feira, 9 de março de 2010

Aulas no Mestrado

A correria está grande, mas não podia deixar de passar por aqui para comentar sobre o início das aulas. As pessoas costumam achar que o meu entusiasmo é devido ao fato de ser novata na Universidade. Ouço a expressão "é porque você é nova aqui" o tempo todo, para as coisas boas e também para as ruins (é isso mesmo, vai entender..). De fato, já estou há quatro anos trabalhando no ensino superior e continuo com a mesma sensação: quando entro em sala de aula tenho a certeza de que ali é o meu lugar. Ontem eu estava tão feliz em sala de aula que tive a certeza (eu diria quase uma epifania) de que encontrei o meu lugar e o que quero fazer pelo resto da vida. Ainda bem, dirão os meus leitores, afinal fiz o concurso e estudei para isso não é mesmo? Mas mesmo assim, com tanta previsibilidade na vida, eu fiquei super feliz porque conheci os meus orientandos do mestrado (fofos demais, todos os dois), porque adorei a turma, porque trabalhar com Patrícia Smith tem sido um prazer, porque posso fazer tantas coisas... Eu estava transbordando e só não dei pulinhos porque tenho senso de ridículo! Se eu tivesse que escolher uma música para ilustrar a minha vida hoje, seria a preferida da minha filha de 4 anos, The Traveling Song, do Will.I.am. Lendo a letra abaixo, já dá para concluir que encontrei a minha casa!



I've been around the world in the pouring rain,
Feeling out of place, really felling strange,
Take me to a place, where they know my name
Cause I ain´t met nobody that looks the same.

See I´ve been traveling, been traveling forever
But now that I´ve found a home,
Feels like I´m in heaven

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