domingo, 10 de outubro de 2010

Não é feitiçaria, é metodologia!

Enquanto a baixaria rola solta na corrida presidencial, todos nós seguimos com as atividades normais do cotidiano. Na última sexta-feira, tivemos uma atividade da disciplina Seminários de Pesquisa no mestrado. O Edumatec tem uma proposta bem interessante para os Seminários, os alunos são agrupados por área de pesquisa e apresentam o desenvolvimento da sua dissertação para os colegas e professores da linha de pesquisa. Assim, os alunos mais antigos contribuem com a apresentação do percurso escolhido, coleta/análise de dados, enquanto os mais novos apresentam os primeiros passos para a construção do seu trabalho. O tema do nosso encontro foi a análise de conteúdo como metodologia de pesquisa e surgiu uma questão interessante: qual é a diferença entre questionário com questões abertas e a entrevista semi-estruturada? Os alunos apontaram o meio utilizado, o formato, a abordagem, o modo de aplicação e uma das professoras resumiu: o questionário é fixo, não permite a intervenção ou a inferência do pesquisador. Não é possível, por exemplo, desdobrar uma questão, solicitar ao entrevistado que explique melhor uma passagem obscura ou que detalhe uma resposta. Diante da expressão de insegurança dos alunos, não tive dúvidas: - Pessoal, um exemplo prático é o casal Bonner entrevistando os candidatos à presidência da república. Quando é com o Serra, eles aplicam um questionário com perguntas fixas previamente estabelecidas, mas quando é com a Dilma, eles fazem entrevista e interferem o tempo todo. Sacaram a diferença? Todo mundo entendeu, até quem não vota no PT!

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