sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Finalmente, 2011!

Nem preciso dizer o quanto este ano foi carregado, mas ele chegou ao fim como tantas coisas na vida. Na minha recente viagem ao Rio, ficou muito claro na minha cabeça que tudo muda na nossa vida, mas que as coisas boas e intangíveis permanecem. O amor, por exemplo, quando bem cultivado permanece para sempre, através das boas lembranças, dos gestos e da determinação inabalável de se continuar amando. Apesar de. As minhas atividades como professora me exauriram muito este ano, talvez por ter ingressado na pós-graduação ou talvez porque eu sempre acumulei atividades administrativas com a função de professor. Ser professor adjunto significa trabalhar para o governo com total autonomia no campo das ideias, mas essa liberdade tão significativa e incondicional (poucos podem se dar ao luxo de pesquisar o que quiserem) significa que o seu cérebro será espremido com uma laranja e que alunos, colegas e as agências de fomento, vão exigir de você respostas. Muitas respostas! E ideias, projetos, cursos, ementas, propostas, análises, pareceres e avaliações. Se você não tiver um colapso nervoso nos primeiros anos, vai tirar de letra o resto de sua carreira acadêmica. Diante de tudo o que aconteceu este ano, eu estou mais sentimental e não consigo avaliar o ano de 2010 pelas pequenas conquistas acadêmicas (trabalhos publicados, projetos aprovados etc.). Eu só consigo fazer um balanço deste ano agradecendo pelas novas amizades (presenciais e virtuais), pelo crescimento e carinho dos meus orientandos, pelo apoio dos meus colegas e pelo carinho e generosidade dos meus alunos. Fiz novos amigos e consegui reencontrar as preciosas amizades antigas. Nada pode ser mais importante que isso, independente do que possa pensar a CAPES/CNPq. Portanto, meus queridos, muito obrigada e FELIZ ANO NOVO!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Flutuação da Alma

Meu amigo virtual com fortes pontos de conexão, João Mattar, fez um belo post sobre o conceito de flutuação da alma e inconstância dos juízos, desenvolvidos por Spinoza. Vou reproduzir uma parte do post aqui, vocês podem ler o texto na íntegra no blog: Aquele estado de alma que nasce de duas afecções contrárias chama-se flutuação da alma, a qual está para a afecção como a dúvida para a imaginação; e a flutuação da alma e a dúvida não diferem senão segundo o mais e o menos. […] o corpo humano é composto de um grande número de indivíduos de natureza diversa e, por consequência, pode ser afetado de maneiras muito numerosas e diversas por um só e mesmo corpo e, inversamente, uma vez que uma só e mesma coisa pode ser afetada de numerosas maneiras, poderá, portanto, afetar também uma só e mesma parte do corpo de maneiras múltiplas e diversas. Por estas explicações, podemos conceber facilmente que um só e mesmo objeto pode ser a causa de afecções múltiplas e contrárias. (Ética, III, Proposição XVII, Escólio, p. 194). Faz muito tempo que li Spinoza e vou me poupar de fazer esse esforço novamente :), mas imagino que o conceito de flutuação da alma sirva como estrutura para a discussão sobre os diferentes pressupostos dos homens sobre a ética. A ideia de que um indivíduo pode ser afetado de diversas maneiras por um objeto, assim como as pessoas podem ser afetadas de formas diferentes por objetos diversos, me faz pensar no quanto buscamos um padrão de comportamento moral nos outros que está longe de existir. A minha concepção de vida pode ser muito diferente dos meus colegas, mesmo que estejamos de acordo em relação aos temas mais gerais do comportamento humano (como matar, roubar etc.). Porém, nas pequenas coisas do cotidiano e nas situações complexas que se colocam diante de nós, a variação nas percepções e na conduta pode ser enorme. Examente por ter feito muitas reflexões sobre o assunto nos últimos anos, escolhi não deixar mais que condutas que eu considero duvidosas das outras pessoas me afetem. Na diversidade das discussões sobre a ética e os padrões de conduta, só existe um caminho para a paz de espírito: seguir o seu caminho coerente com o que você acredita e agir com generosidade em busca do bem comum.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

TCC sobre a informática na Educação Infantil

Algumas pessoas choram em casamentos, eu choro nas apresentações de TCC... Durante o ano inteiro orientei duas alunas (Panmella Dias e Thaís Oliveira) que pesquisaram o uso da informática educacional na Educação Infantil. As duas já tinham trabalhado em escolas particulares como professoras de informática e decidiram ir à luta e pesquisar o tema. A dificuldade já começou na ausência de pesquisas sobre o que realmente está acontecendo nos laboratórios de informática nas escolas e o referencial teórico não ajuda muito, já que não existe um consenso entre os especialistas se as crianças pequenas devem realizar atividades no computador antes de aprender a ler e escrever. Porém, o que são dificuldades e obstáculos quando uma orientadora louca decide riscar um fósforo onde tem gasolina? As duas trabalharam muito, fizeram a pesquisa em duas escolas de Recife, observaram, registraram e analisaram os dados. O resultado? Um trabalho maravilhoso e a conclusão que as escolas não se apropriaram da sala de informática ao seu projeto político pedagógico e por isso mesmo realizam práticas instrucionistas. A banca foi maravilhosa, as professoras Thelma Panerai e Emília deram muitas contribuições importantes e elogiaram o trabalho da dupla. A família estava presente em peso para prestigiar o trabalho das duas, muitas comidinhas gostosas e um discurso de agradecimento que me fez chorar feito uma bezerra desmamada no pasto. Não foi um discurso de agradecimento formal não, foi o reconhecimento de que mesmo com um ano tão difícil, eu não deixei a peteca cair (ao meu favor, posso dizer que não fui a única a chorar, outra professora da banca também abriu o berreiro e não vou dizer o nome dela aqui para não perder a amiga!). Fui abraçada por todos os familiares (ai, gente, eu não mereço ser tão paparicada...) e terminei o meu dia com a certeza que estou no caminho certo. Meu lugar é mesmo aqui!

domingo, 5 de dezembro de 2010

Artigo publicado na Revista Práxis Educacional

Finalmente, tenho um artigo publicado em periódico na Revista Práxis Educacional. A Revista Práxis Educacional é um periódico semestral do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacionais, do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). A revista publica dossiês temáticos (encomendados a pesquisadores e estudiosos), artigos, resenhas, entrevistas, relatos de experiências, resumos de monografias, dissertações e teses recém-concluídas, dentro das seguintes temáticas: Alfabetização e Letramento; Formação de profissionais da educação; Políticas e Gestão da Educação; História, políticas e práticas de educação de pessoas jovens e adultas; Currículo, cultura e prática pedagógica. O tema da publicação onde está o meu artigo é Escola Pública (Vol.6, n.9), perfeito para inserir a discussão sobre as políticas públicas para a formação de professores. O artigo é resultado da minha tese de doutorado, intitulado Políticas Públicas de Formação de Professores da Educação Básica a Distância: O Contexto do Pró-Licenciatura. A revista é indexada, possui Qualis B4 em Educação e é publicada em versão impressa e online.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Resultado do mestrado

Ontem saiu o resultado do mestrado Edumatec/UFPE e não sei se tenho mais idade para emoções fortes. A nossa linha de pesquisa tinha menos vaga do que gostaríamos de ofertar e projetos bons (e alunos idem!) ficaram de fora. Eu fico louca da vida com isso, queria orientar trinta alunos se o regulamento permitisse. A demanda pela linha de Educação Tecnológica é sempre grande e a solução é aumentarmos o quantitativo de professores na linha para atender um maior número de alunos. Conseguimos ofertar oito vagas porque alguns professores disponibilizaram mais vagas, mas isso implicará em uma maior sobrecarga para eles a médio prazo. Alguns mestrados já tem ampliado a oferta de vagas para não perder talentos para outras regiões do país, como é o caso do CIN da UFPE que oferta quase 200 vagas na seleção do mestrado, mas é necessário implementar instrumentos de controle severos para o bolo não desandar. Eu já tinha comentado aqui no blog, existe uma demanda reprimida para a pós-graduação que precisa ser resolvida urgentemente, mas será necessário flexibilizar corações e mentes dos pesquisadores, gestores da CAPES, avaliadores dos cursos e pró-reitores.

Apresentação no 3◦ Simpósio Hipertexto

Eu participo dos eventos de Hipertexto desde a sua primeira edição e sempre gosto muito das discussões que acontecem no evento. O 3◦ Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação foi especial porque desta vez eu estava participando como professora da instituição. Outro diferencial foi a participação dos meus colegas e alunos do programa Um Computador por Aluno. Adorei! Na nossa reunião do UCA no dia anterior ao evento, o nosso coordenador, Professor Sérgio Abranches, informou ao grupo os horários das apresentações sobre o tema. Ele e o Professor Paulo Gileno iriam participar de uma mesa redonda, professores e alunos da graduação e da pós iriam participar das sessões coordenadas (o livro com os resumos do evento está disponível aqui). Eu fiz questão de dizer que só iria assistir a mesa redonda dele por consideração para fazer número e aplaudir, já que eu não aguentava mais ouvir a mesma coisa. Pois é, como diz o ditado aqui, língua falou... A apresentação dele foi maravilhosa, tinha gente assistindo na sala ao lado porque não tinha mais lugar vago na sala. É impressionante como surgem outras questões relacionadas com o uso do laptop em sala de aula. Na parte da tarde foi o momento da nossa sessão de comunicação, eu e a minha orientanda, Dagmar Pocrifka, apresentamos o artigo O Professor e o Desafio do Laptop em Sala de Aula:Reflexões Sobre o Projeto Magalhães e o Programa Um Computador por Aluno. Como muitas pessoas que iriam apresentar trabalhos faltaram, foi possível estender bastante o momento das perguntas e discutimos vários aspectos do uso da tecnologia na educação. Não consegui assistir a palestra do Lévy e terminei a semana mais morta do que viva, mas valeu muito a pena!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Apresentação no IV Simpósio Virtual em EAD

A correria está tão grande que só ontem consegui fazer o upload da minha apresentação no Simpósio Virtual em EAD. Bom, antes tarde do que nunca...


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