sábado, 28 de julho de 2012

O sucesso do GT Educação no Fisl13

Este post deveria ter sido publicado ontem, mas eu fiquei tão envolvida com os meus orientandos e as atividades que não consegui tempo para finalizar o texto. Bom, como diz a minha querida Katylene, faz de conta que o texto foi publicado ontem, escolha a sua distribuição Linux preferida e vem comigo! A primeira observação mais importante diz respeito ao sucesso do GT Educação. As salas onde aconteceram as mesas e as oficinas ficaram cheias e a ideia do espaço Paulo Freire no FISL já pode entrar para o Top 5 das sacadas inteligentes da década! Se alguém me perguntasse sobre a perspectiva do GT, eu teria sido bem pessimista e vou explicar a razão: foi a primeira vez que o GT apresentou uma proposta efetiva de atividades e o público que frequenta o FISL não está necessariamente interessado em discutir o uso do software livre na Educação. Póim! A realidade foi bem diferente, muitos professores participam do FISL e não encontrar uma programação voltada para as discussões sobre a prática do SL na sala de aula devia ser muito frustrante. Ouvimos muitos depoimentos interessantes e tivemos muitas contribuições importantes para o desenvolvimento dos projetos que estão em andamento e outros que ainda serão criados

A cobertura do evento com fotos e matérias está disponível no site do Software Livre.Muitas pessoas trabalharam duro para que o GT Educação fosse um sucesso e quero parabenizar Ana Matte, da UFMG e o seu grupo dedicado do Texto Livre, Frederico Guimarães, um biólogo e professor incrível e para o meu orientando querido, Wilkens Lenon. Foi a garra de todos eles que viabilizou a criação e consolidação do GT Educação no Fisl. Agradeço muito a oportunidade de participar do evento. Agora, é arregaçar as mangas e trabalhar duro para preparar o próximo evento com muito mais atividades e oficinas.

Meus orientandos no Fisl13

Na fluidez das relações pós-modernas já previstas por Bauman, consegui reunir os meus dois orientandos queridos que estavam participando do evento. Lenon é meu orientando do mestrado em Educação Matemática e Tecnológica e está pesquisando sobre o uso do software livre nas escolas públicas no contexto do Programa UCA. Rafaela Melo é minha orientanda de PIBIC e também pesquisa o software livre no contexto do UCA. Rafa está no programa de mobilidade estudantil na UFRGS e tem feito coisas muito interessantes na Universidade. Aproveitei a viagem ao Fisl13 para finalizar a orientação do relatório final de PIBIC que será apresentado no final do ano. Fiquei muito orgulhosa dos meus pupilos competentes e fofos!

Terceiro dia no Fisl13

As discussões do GT Educação na sexta-feira abordaram o papel do professor livre na rede. Na mesa sobre o professor livre na rede, Hugo Canali, Rafael Bergamaschi, Ana Matte e Wilkens Lenon e eu, apresentamos as possibilidades de interação dos professores no Portal do Professor Livre que está sendo construído pelo grupo Texto Livre, da UFMG. Depois das apresentações, a pergunta central da mesa para o público foi: como fazer o professor que está efetivamente em sala de aula se interessar por acessar, compartilhar e colaborar na rede, utilizando o software livre como meio? Nós realmente precisamos superar a falácia do professor resistente e começar a descobrir o que pode motivar os professores para uma aprendizagem na perspectiva da colaboração em rede. O processo de internalização da cultura digital não é homogêneo e não é construído da mesma forma e ao mesmo tempo com todas as pessoas. Respeitar a diversidade e, inclusive, a decisão do professor em não querer se inserir no contexto da cultura digital é uma questão a ser considerada. Na mesa a seguir, Frederico Guimarães, Pablo Jacier Ercheverry e Laura Marotias, apresentaram a LibrEdu: avanços na construção de uma rede latinoamericana de Educação. Entre os objetivos da LibrEdu estão: discutir o acesso à conectividade baseada em padrões e softwares livres; capacitação dos educadores no/para o uso do software livre; estimular a liberação dos materiais produzidos pelos educadores sob uma licença livre; catalogar, agregar, disponibilizar, de forma off-line, recursos educacionais abertos. Eu fico bastante preocupada quando as pessoas afirmam que não existe uma política de governo em relação ao uso da tecnologia na Educação. As políticas estão definidas nos documentos oficiais dos programas, pode não ser a melhor política ou a que nós queremos, mas ela existe. A contribuição dos participantes nas duas mesas foi bastante interessante, reafirmando a necessidade de uma construção coletiva dos objetivos e princípios das ações para disseminação do uso do software livre nos diversos níveis da Educação. Quem quiser conhecer a proposta, a discussão está aberta aqui. Participe!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Segundo dia no Fisl13

O Fisl13 continua animadíssimo, com bichos de pelúcia invadindo os corredores e muitos palestrantes (quase) famosos. Participei de uma mesa muito interessante sobre políticas públicas educacionais e software livre, com uma representante dos Núcleos de Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro e duas representantes da Argentina. Ana Cristina Geyer apresentou um panorama da situação do uso do software livre nas escolas da rede estadual do Rio de Janeiro, ressaltando as condições políticas atuais que são desfavoráveis ao SL e privilegiam o software proprietário. Segundo Ana Cristina, os núcleos de tecnologia estão completamente desestruturados e, em todo Rio de Janeiro, apenas dois núcleos trabalhavam efetivamente com a formação em SL. Não aguentei a curiosidade e perguntei quais eram os núcleos que se destacavam entre todos (afinal, o Rio de Janeiro é bem grande). Resposta: Arraial do Cabo e Itaperuna. Caploft! Robson Freire vai dormir feliz da vida hoje... Verônica Xhardez e Lina Montoya apresentaram a situação da Argentina ressaltando a necessidade do uso do SL na educação como prática libertadora, no contexto dos direitos humanos. Ambas frisaram que o uso do SL é uma questão de soberania nacional e um rompimento com a dependência tecnológica. Foi muito interessante quando elas colocaram a foto de um casamento na apresentação e explicaram quem eram as duas pessoas que estavam casando: a gerente de contas governamentais da Microsoft na Argentina e o secretário de gestão e assuntos tecnológicos do governo argentino. Caploft 2.0! Verônica perguntou como é possível que a pessoa responsável pela venda dos softwares para o governo possa se casar com a pessoa que assina os contratos do governo sem que ninguém veja as implicações éticas e legais disso. Na hora das perguntas do público, Frederico Guimarães reforçou as informações trazidas por Ana Cristina, Verônica e Lina, afirmando que o foco das grandes empresas de software tem sido as prefeituras menores, através de "doações" de licenças milionárias (que ninguém precisava, diga-se de passagem). Como dizem no Twitter, tem que ver isso aí...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Primeiro dia no FISL13

Para começo de conversa, o frio está me matando! Aos poucos, silenciosamente, congelando o meu sangue e matando os meus neurônios... Estou gripada desde o primeiro momento da viagem, o que significa que estou com os olhos inchados, nariz escorrendo e espirrando mais do que um bode velho. Encerrado o muro das lamentações, vamos ao que interessa: o primeiro dia de atividades do GT Educação no Fisl13. Começamos a manhã com uma reunião de apresentação do GT Educação, com os grupos que estão estruturando o GT e realizando ações efetivas para a construção da discussão sobre Educação e software livre. Frederico Guimarães, Ana Matte, Ronald Scherolt e Wilkens Lenon, falaram sobre o histórico e os objetivos do GT Educação. Mais tarde, participei da mesa sobre "Software Livre na Educação Superior", com vários enfoques diferentes sobre o tema, pesquisa, extensão, uso de softwares, formação de professores, currículo, tecnólogos etc. A sala estava cheia, tivemos muitas discussões interessantes e uma ótima interação com o público. Na parte da tarde, o GT continuou bombando com várias mesas e oficinas para os participantes do evento. Depois eu vou contar com mais detalhes o que está sendo discutido nas mesas e palestras. Hoje, eu preciso de vitamina C e cama para aguentar a programação de amanhã!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

FISL13

Viajo amanhã para Porto Alegre, vou participar do 13º Fórum Internacional do Software Livre. "Há 13 anos, o Fórum Internacional Software Livre – fisl, vem crescendo e se consolidando como o mais significativo encontro de comunidades de Software - e cultura! - livre na América Latina. Mundialmente reconhecido, o fisl já treze anos é o resultado do trabalho, da colaboração e do envolvimento de milhares de pessoas que acreditam no software livre e na força da comunidade, no Brasil e fora dele". Estarei no GT Educação, uma iniciativa mais do que necessária para discutir as relações entre aprendizagem, colaboração e software livre. Vamos debater a Educação e a cultura livre, buscando analisar as práticas e as abordagens teóricas existentes. "Neste 13º Fórum Internacional de Software Livre o público da educação terá uma programação bem diversificada, com mesas redondas, palestras e oficinas voltadas às demandas de educadores, profissionais, gestores da educação e estudantes, além do debate performático, que trará a inusitada proposta de misturar saber e sabor, numa convergência dinâmica entre tecnologia, educação, cultura e arte". A programação do GT Educação está muito diversificada e eu estarei em três mesas (três? Não é muita coisa? Mas quem foi que me colocou em TRÊS mesas? Eu quero nomes agora mesmo! rsrs...):

Dia 25: Educação e inclusão digital, software livre na educação superior. Rodrigo Padula de Oliveira, Ronald Emerson Scherolt da Costa, Sergio Amadeu da Silveira e Ana Cristina Fricke Matte.

Dia 26: Educação e Inclusão Digital, Políticas públicas educacionais e software livre. Verónica Xhardez, Ana Cristina Geyer de Moraes e Lina Monto.

Dia 27: Educação e Inclusão Digital, Professor livre na rede. Sérgio F. de Lima,Hugo Leonardo Canalli, Rafael José Puiati Bergamaschi, Sergio Amadeu da Silveira,Wilkens Lenon da Silva de Andrade e Ana Cristina Fricke Matte.

Como vocês podem ver, existem duas possibilidades: eu vou morrer de frio ou de tanto trabalhar! Pretendo publicar vários posts aqui no blog com um resumo diário do evento, com as novidades das palestras, oficinas, conversas nos corredores e o que mais estiver acontecendo. Só com muito trabalho vou conseguir esquentar o corpo no frio congelante de POA!

sábado, 21 de julho de 2012

4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

"O Museu Exploratório de Ciências – Unicamp recebe a partir do dia 01/06/2012, as inscrições para a 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Poderão participar estudantes regularmente matriculados no 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e demais séries do Ensino Médio, de escolas públicas e privadas de todo o Brasil, incluindo alunos do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Em 2012, O Museu Exploratório de Ciências custeará, para participarem da final, as passagens de avião das 27 equipes mais bem colocadas em cada estado da Federação (escolas públicas ou particulares) e mais 10 equipes de escolas públicas com a maior pontuação, sendo uma por região do país, e cinco escolas públicas com mais alta pontuação em todo o Brasil, independente de sua região. Após a final da Olimpíada, os professores responsáveis por essas equipes são convidados a permanecer na Unicamp para realizar capacitação de uma semana, com custos de hospedagem cobertos também pelo Museu.A ONHB premiará escolas, alunos e professores, com medalhas de ouro (60), prata (100) e bronze (140) e certificados de participação para todos os inscritos e também para as escolas.A 4ª Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma iniciativa do Museu Exploratório de Ciências – Unicamp. O evento é patrocinado pelo CNPq e tem o apoio da Rede Globo de Televisão e da Revista de História da Biblioteca Nacional". Aproveitem!

sábado, 14 de julho de 2012

EaD e a formação de professores

Semana passada fui procurada por Rafaela Bortolin, jornalista da Gazeta do Povo (Curitiba) para uma entrevista sobre as vantagens e desvantagens da formação a distância para os professores. A matéria intitulada 30% dos professores em formação no Brasil cursam graduação a distância ficou excelente, com dados e opiniões interessantes sobre o tema. A matéria apresenta também infográficos e quadros explicativos sobre o reconhecimento e avaliação dos cursos.A jornalista pesquisou bastante e captou exatamente a essência da discussão espinhosa sobre a aposta governamental para formar professores utilizando a modalidade a distância. A minha opinião na matéria faz parte dos resultados da minha pesquisa sobre letramento digital e formação dos professores a distância.

sábado, 7 de julho de 2012

II Fórum da Internet no Brasil

II Fórum da Internet no Brasil - 3 a 5 de julho de 2012 - PE

O II Fórum da Internet no Brasil propiciou muitas discussões interessantes sobre as mudanças e as reais demandas que temos na rede atualmente. Não vou comentar as discussões específicas das trilhas agora, depois vou escrever melhor sobre isso. O que mais me impressionou foi o aprofundamento de questões que estão em pauta de discussão há muitos anos. Parece que finalmente conseguimos consolidar questões básicas, como a importância de uma cultura livre, a resistência aos mecanismos de controle da rede e a necessidade de banda larga disponível para todos.

Existe uma tendência de aproximar as questões que envolvem a cultura hacker com a disseminação do conhecimento e, consequentemente, com a Educação. Bingo! Temos aí um grande campo para a pesquisa. O evento resultou na Carta de Olinda, uma petição pública em defesa do marco civil da internet no Brasil.

Para provar a minha percepção que não existe contraponto entre pessoas reais/virtuais, conheci no evento quatro pessoas que eu só conhecia nas redes. Pude conhecer e abraçar as queridas Lilian Starobinas e Débora Sebriam, duas fofas que trouxeram uma discussão interessantíssima sobre REA, conversei um pouquinho com Sérgio Amadeu, que participou da banca de qualificação do meu orientando Wilkens Lenon e, finalmente, conheci Ricardo Amorim que está agora no CIn/UFPE, fazendo o seu pós-doc com Alex Sandro Gomes. Fiquei muito orgulhosa com a participação dos meus alunos e orientandos (especialmente Lenon e Josivânia Freitas) no evento. Enfim, uma delícia de evento, encontros maravilhosos e muita conversa produtiva e agradável.

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