sexta-feira, 16 de maio de 2014

Curtas animadas e as minhas pesquisas

Eu gosto muito do conceito de usar imagens, vídeos, animações etc como estratégia de aprendizagem. Estou particularmente interessada pela dinâmica do seu uso em diversos contextos da cultura digital. Ontem, eu encontrei uma animação fantástica por indicação da minha amiga querida, Adelice Luz, através de uma rede social. Estou reforçando o meio pelo qual encontrei o filme porque é exatamente isso que tenho pesquisado. São as redes e suas dinâmicas que estão assumindo um papel importante e inesperado na difusão e compartilhamento das informações. A animação "Contre Temps" conta a seguinte história: "Em um planeta inundado, um senhor vive em sua casa junto com a sua coleção de relógios, ele espera todo dia a maré baixar para andar pela cidade e procurar por novos relógios para sua coleção. Um dia em sua busca ele entra em um local lacrado e encontra uma garota vivendo lá sozinha, ele a deixa sozinha e segue por sua busca por novos relógios. Quando a maré começa a subir, ele percebe que a garotinha irá se afogar e ele decide salvá-la". Com direção de Jérémi Boutelet, Tristan Ménard, Thibaud Clergue, Camille Perrin, Gaël Megherbi e Lucas Veber, o filme é um espetáculo para os olhos e para a alma.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Conferência Cinema e Novas Tecnologias em Ponte de Lima

O fim de semana teve trabalho prolongado, depois das atividades no evento em Viana do Castelo, partimos para Ponte de Lima para falar sobre o Cinema e as Novas Tecnologias. O local do evento já era inusitado: a antiga prisão das mulheres foi transformada em um café fofíssimo com uma área no segundo andar para a realização de eventos. O interessante é que ao invés das tradicionais cadeiras enfileiradas, o espaço da plateia é uma espécie de arquibancada de madeira com almofadas confortáveis para as pessoas se esparramarem mesmo. Como diz o Robson Freire, um local de dor e sofrimento foi transformado em um espaço acolhedor para disseminação do conhecimento e reflexão. Adoramos! A conferência foi uma delícia, conseguimos articular conhecimentos e perspectivas diferentes através de ganchos entre as falas de cada um, provocando excelentes intervenções do público. O querido José Ribeiro falou sobre as descobertas determinantes na inovação tecnológica do cinema, como a montagem, até a chegada do digital que possibilita a popularização da produção de vídeos.

Eu falei sobre a relação entre a formação a distância e o uso de filmes nas salas de aula da Educação Básica na perspectiva da cultura digital. Robson Freire abordou o cinema e o ensino de História através das propostas de blogs e o Gabriel Omar Alvarez fez uma bela apresentação sobre a sua experiência em realizar filmes em comunidades indígenas na região amazônica. Fomos muito bem recebido por Catarina, coordenadora local da Universidade Aberta, competente, eficiente e muito simpática. O local do evento fica em frente ao principal ponto turístico da cidade, uma ponte construída pelos romanos em 135 a.c e tem uma história linda: dizem que os soltados de Brutus ao se depararem com a beleza do rio Lima, acreditaram que era o rio do esquecimento. Quem atravessasse o rio, perderia a memória imediatamente.

Para provar aos soldados que não era verdade, Brutus atravessou o rio e do outro lado da margem, chamou os soldados pelo nome, um por um. Atravessamos a ponte e ficamos impressionados com as águas transparentes do rio e a beleza do lugar. Penso que este é o ponto de equilíbrio da alma: trabalho gratificante, compartilhamento, história e uma beleza natural de encher os olhos e a alma!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Muito trabalho em Viana, excelentes resultados!

A minha participação na 3ª Conferência Internacional de Cinema de Viana foi um momento interessante para realizar boas reflexões não apenas sobre o aspecto acadêmico, mas também sobre a organização do evento e a existência de outras estruturas possíveis para eventos científicos. A questão mais interessante foi a preocupação dos organizadores do evento em receber bem as pessoas e criar condições para que todos se sentissem confortáveis. A alimentação no local, oferecida pelo evento, é um elemento importante, assim como a estrutura das apresentações em pequenos grupos com mais tempo para as apresentações, mas muito menos cansativo para a plateia e para os participantes. O nível dos trabalhos apresentados também exige um pouco mais de tempo para as apresentações e discussões, pois tratam de temas complexos, como o papel do cinema na construção da ética na sociedade ou a biogenética e Blade Runner como elementos de reflexão da sociedade em que vivemos hoje. Um trabalho fantástico que foi apresentado na sessão em que eu estava, mostrava a experiência de usar a lanterna mágica como instrumento de aprendizagem para jovens com deficiência em um centro de formação profissional. A discussão sobre o cinema na escola indicou a necessidade de autoria e produção dos alunos com a inserção da formação em cinema já na Educação Básica. A cidade onde aconteceu o evento é um espetáculo com suas ruas medievais estreitas que desembocam em largos com nomes sonoros, prédios históricos muito bem conservados e enfeitados com flores. Ainda assim, o meu relato não indicaria nada diferente de outros eventos se não fosse o elemento que considero o mais importante: a acolhida dos organizadores, desde a nossa chegada na mesa de recepção, até o jantar oferecido na noite de sexta-feira, um ótimo espaço para confraternizar, compartilhar e conhecer as pessoas. Sem dúvida, nós brasileiros temos muito calor humano e somos agradáveis, mas os portugueses também tem tudo isso e uma cordialidade que deixam qualquer pessoa encantada!

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