sábado, 11 de novembro de 2017

Por amor aos lugares

Quando li sobre a divulgação do livro Por Amor aos Lugares, fiquei tocada por duas razões totalmente diferentes. Fui aluna do professor Rogério Haesbaert na graduação em Geografia em várias disciplinas (e isso faz muitos anos mesmo!) e sempre admirei a forma como ele conduzia as suas aulas e seu amor evidente pela Geografia (ele desenhava o contorno do mapa do Brasil no quadro sem consultar nada, apenas usando a memória). A outra razão está relacionada com a delicadeza do projeto, imaginem escrever sobre 25 anos de viagens e olhares pelos mais diversos lugares do mundo... Tenho certeza de que o autor deve ter guardado todas as suas anotações ao longo dos anos, mas fico pensando como deve ter sido essa releitura de viagens em tempos distantes: certamente o Rogério de hoje não é o mesmo que visitou esses lugares há tanto tempo! O olhar geográfico sobre as viagens é muito interessante, a delicadeza da compilação das viagens mais ainda, mas o que me sensibiliza ainda mais nesse livro é a generosidade do compartilhamento dos relatos, das memórias, das percepções e dos olhares sobre os lugares. Sem dúvida, essa foi a melhor lembrança que tive do meu antigo professor. Transcrevo o texto do site da Amazon sobre o livro:

"Ao mesmo tempo livro de relatos e reflexão geográfica e histórica, Rogério Haesbaert nos introduz aos múltiplos espaços que, em viagens ou no próprio cotidiano, desdobram-se depois — do Oriente (China, Índia, Vietnã...) ao Ocidente (Cuba, México, Colômbia...) —, em diferentes momentos ao longo dos últimos 25 anos. Os relatos começam por lugares distantes, envolvendo viagens que marcaram pela força de suas diferenças (como ao Tibete, a povoados do norte do Vietnã ou a aldeias de Madagascar), até chegar a espaços de morada e vivência cotidianos e pretensamente mais seguros, os quais nem por isso estão alheios à surpresa e ao inusitado que instigam o questionamento e a mudança. Este é um livro de crônicas, de memórias, de relatos mais espontâneos, muitos deles de viagens, de narrativas redigidas no calor das vivências, do contato direto com os outros e seus tantos lugares, da história presentificada e da geografia acumulada que, ao mesmo tempo que se anunciam, através da sua diversidade, também estão se/nos transformando".

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